quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Ensaio sobre a cegueira



O que deveria ser apenas mais uma literatura para passar o tempo, acabou transformando em mim uma filosofia e um pequeno estudo sobre os fatos sociais da sociologia humana. Li "Ensaio sobre a cegueira" quando tinha apenas 17 anos, estava no terceiro ano do ensino médio, no Colégio de São Bento, e achei aquilo não apenas uma pequena literatura, mas uma interpretaçao filosofica, sociológica e conseguir ainda encontrar nela um pouco da fisica científica da atitude humana, ao caos que o homem esta deixando com que o mundo chegue.

Depois de três anos de lido, como todos estão podendo ver o cineastra brasileiro Fernando Meirelles, transformar as palavras de José Saramago, autor de Ensaio sobre a cegueira, em imagens interpretativas do cinema, a sétima arte.

Como podemos perceber é muito difícil um filme chegar ao detalhismo dos livros que os inspiram. Mas Fernando Meirelles consegui chega a concepção que José Saramago propõe no seu livro, através da interpretação física das cores, branca, amarela, verde e azul. A predominância do branco entra em acordo com a cegueira branca que é a ideia central do livro. Mas por que essa cegueira branca?

Como toda interpretação cada um tem sua forma de interpretar, e nunca estará errado sua visão, pois, não existe apenas uma realidade, o que nas teorias jornalísticas chamamos de Teoria COnstrutiva. E para mim, assim como o livro, o filme através dessas cores predominantes, tem a idéia de juntar todas as cores possíveis para que com a idéia do disco de newton, que rodando o disco as cores juntam-se, se transformam no branco. E isso é a minha concepção fisica científica do filme.

Mas pensando filosoficamente tenho a idéia de que o homem estar esquecendo as pessoas ao seu redor, alimentando somente a sua ambição, sem se preocupar com o outro. Ou seja, tudo que o homem vem criando de ruim esta se juntando e fazendo com que ele fique cego, mas não a cegueira preta comum que todos temos idéia, pois, essa cegueira de José Saramango, não é um problema genético e sim filosofico e sociológico.

Ensaio sobre a cegueira tenta nos mostrar o que estamos transformando o mundo, num verdadeiro mundo de profanos depressivos, sem ressentimento dos atos que praticamos.

Um comentário:

Focas Guerreiras disse...

Não li o livro, nem assisti o filme ainda. Mas eu concordo com a idéia de que Fernando Meirelles faz cinema de autor. A marca dele nos demais filmes parece estar presente também em Ensaio Sobre a Cegueira, até mesmo pela concepção humana e psicológica dos personagens.